sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um Profeta Verde e Amarelo




  Quem não se recorda daquele Senhor grisalho, barba e cabelos grandes, bata branca e um estandarte nas mãos anunciando a gentileza? Conhecido por Gentileza, o nome real dele era José Dantrino, nascido na Cidade de Cafelândia, no interior de São Paulo.

  Gentileza era empresário, dono de uma transportadora no Rio de Janeiro, casado e pai de cinco filhos, deixou tudo para a família,   após um incêndio ocorrido  num circo em Niterói,  que matou quase 500 pessoas. Naquela época,  ele disse haver recebido um "chamado" divino para  viver uma missão na terra, passando a chamar-se JOZZE AGRADECIDO ou  GENTILEZA.

  O profeta possuía um senso estético singular, signos próprios,  com suas letras garrafais,   coloridas em verde e amarelo, que influenciou as artes visuais e o design brasileiro. Foi letra de música de Marisa Monte e Gonzaguinha, sua vida virou  filme, interpretado por Paulo José e participação em novela de Glória Peres. Virou tema do livro "Universo Gentileza- a gênese de um mito contemporâneo", do Professor  Leonardo Guelman, do Departamento de Artes da Universidade Fluminense.

  Seus 56 escritos foram recuperados e estão  espalhados na cidade do Rio de Janeiro,  entre a Rodoviária Novo Rio e o Cemitério do Cajú.

  Algumas de suas pérolas:

-"Gentileza gera gentileza".

-"Amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento."

-Quando  o chamavam de louco: "Maluco pra te amar, louco pra te salvar."

-"Seja maluco mas seja como eu, maluco beleza, da natureza, das coisas divinas."

-"Quem é mais inteligente o livro ou a sabedoria? Então eu sou a sabedoria, nós somos a
 sabedoria de Deus".

 Nunca aceitou dinheiro de ninguém, dizia: "É mais fácil um burro criar asas, do que um centavo de alguém aceitar."
-"Capeta capital que vende tudo e destrói tudo".

  Gentileza defendeu a natureza e criticou o capitalismo. Foi confundido com integrantes do PC (Partido Comunista),  porque usava a sigla PC (Pai Criador).

  Esteve internado diversas vezes em hospitais psiquiátricos, levado pela polícia. Mas, os médicos diziam que ele não era maluco e perguntavam:

-"Gentileza, você veio aqui para nós te curar ou para você nos curar?"

   Faleceu em 29 de maio de 1996, aos 79 anos. Ele,  anunciava o antídoto para os nossos problemas existenciais: GENTILEZA!              

Fonte de Pesquisa: Wikipédia.org
                              Rio com Gentileza

terça-feira, 18 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Canecas pintadas à mão

 Um jeito divertido de fazer arte,  despretenciosa e singela,   simples alegria para os olhos,  é utilizá-la livremente em peças utilitárias. Estas canecas em porcelana foram pintadas à mão por mim. São para tomarmos goles de primavera,  encher os dias de cores e a casa de alegria...




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Zobeyda e suas " bonecas felizes"

  E para comemorar o Dia das Crianças, nada melhor do que falar de uma criadora de bonecas:
 Zobeyda nasceu na Venezuela, no Estado da Portuguesa, cidade de  Píritu,  em 02 de fevereiro de 1942 e é uma apaixonada criadora de bonecas de pano. Disse a criadora: "Em cada retalho de pano se esconde uma boneca, esperando ser feita, para ser descoberta".


  Detentora de vários títulos, dentre eles:  Prêmio Nacional da Cultura, na Venezuela e "Patrimônio Cultural Vivente" do Estado da Portuguesa, Zobeyda é também Promotora da UNESCO  e recebeu esse reconhecimento pela criação do seu  Museu de Bonecas. Recebeu  ainda,  o título de "Mãe Cultural do Caribe" e é reconhecidíssima em Cuba, como "Zobeyda la Muñequera".




 A artesã, que é professora, hoje dedica-se a fazer oficinas, ensinando a  criação de bonecas  de pano e ainda pinta,  escreve poesias e diz que seus professores são as crianças. Recentemente,  esteve aqui no Brasil,  fazendo algumas exposições em homenagem a Venezuela, onde fotografei alguns trabalhos dela que mostro aqui. Zobeyda aproveita sobras do material que utiliza, como botões, linhas, etc. e cria mini quadros bem graciosos, que fiquei com vontade de adquirir, mas,  as peças da exposição não estavam à venda.../oh/







fotografias: Fátima Ferreira